A influência “gótica” no Doom Metal – Parte III

1996 – Austrália. Amiguinho, eis aqui uma banda com rostinho de confusão, uma mina cantando no naipe duma Madonna desafinada, aliás, essa onda ficou famosa por ter as vocalistas mais chatas do mundo, superando até a nossa querida Sandy.

Os Chalice lançaram 3 discos, na primeira metade dos 2000, viveram uma certa efervescência, saíram em tour pela Europa ao lado de bandas como Opeth e Mayhem, eles tinham tudo o que era necessário pra época, uma voz feminina fortemente melosa, violino, teclado, atmosfera embasada no romantismo medieval. Pode-se dizer que eles seguiram firme na proposta inicial, um horrendo erro, esse tipo de som seguia cada vez mais mergulhando no mais apelativo e comercial, a teimosia, ou seja lá o que foi, pôs um fim na jornada dos australianos.


1996 – Portugal. Esses portuga se perderam no fim dos 90, passaram os 2000 sem rumo certo, até que em 2014, 2 membros dos Insaniae adentraram ao séquito e levantaram a coisa, o que fez a banda debutar 20 anos depois da sua criação. Desde o início, optaram por cantar em português, uma grande audácia que exige muito duma banda.


1996 – Hungria. Outra banda que adotou sua língua natal em sua música, o quarteto executou um bom trabalho no seu único disco, atmosfera massa, tudo bem encaixado, mas o idioma húngaro não é de fácil assimilação o que pode causar algum estranhamento.


1996 – Suécia. Pro amiguinho que curte uma vibe mais prafrentex, temos aqui um prato cheio, o interessante é que esses caras mergulharam no Goth Rock.

Na conta deles, apenas 2 discos, parece que ainda estão ativos.


1996 – Polônia. Nos quase 22 anos de jornada, esses polacos chorões lançaram 3 discos e seguem ativos.


199? – Itália. Apenas um disco com nem meia hora de duração, apenas 4 faixas, mas, deveria de servir de estudo pra muita banda que se mete nesse tipo de som. Como manda a cartilha da música pesada dos “mama mia” alguma coisa de piração tinha que ter no meio da fanfarrice.


1997 – República Tcheca. O choro com aquele vocal feminino melodramático retorna, destaque pro instrumental dos tchecos que como várias outras, não vingaram.


1997 – Austrália. Aqui temos até alguma coisa de black metal, é um som frio, bem atmosférico, até que foram longe, com 2 discos na conta.


1997 – Turquia. Calcado na escola triste do leste europeu, essa banda ainda trouxe alguma coisa do mediterrâneo, algo de oriental, lembra alguma coisa de Rotting Christ, o dueto de vozes (masculina e feminina) são um atrativo.

O lado mais pesado foi melhor evidenciado no EP, o debut chega um pouco mais prafrentex, já o 2º é um puts-puts metalizado.


1998 – Polônia. Bem interessante o caminho explorado por esses polacos, foram acrescentando tudo que podiam, extraídos de rolês mais melódicos, souberam ministrar na fórmula deles. Isso acabou resultando em 3 discos.


 

Que Coffin Joe vos amaldiçoe! – G.Z/SUD

3 comentários sobre “A influência “gótica” no Doom Metal – Parte III

  1. Primeira etapa da audição dessa matéria, vamos nessa:
    Chalice- isso é ‘gothic doom’ ou emo? Sério, choroso e chato como as bandinhas que aqueles pirralhos chorões curtiam, mal conseguir ouvir três música;
    Dogma – uma mistura bem azeitada, na medida, do gótico com o metal mais lento; algumas faixas pontuaram em alguns picos góticos de SP no começo dos 2000´s, boas lembranças;
    Dying Fields – realmente, tudo no lugar, intenso, bem dosado, as letras em húngaro aumentaram a estranheza e isso é uma qualidade;
    Cele Kula – esperava mais, para ser honesto, sempre tenho altas expectativas em relação aos italianos, no caso desse play, em alguns momentos é açucarado demais, ou me pareceu;
    Sacrosanctum – a primeira música via bem, aí a vocalista chorona entra em cena ( e para eu criticar vocalista mulher tem de ser beeem apelona);
    Elegeion- ouvi somente as três primeiras faixas do primeiro play, atmosférico e frio de fato, poderia inclusive pontuar em uma das matérias sobre melancolia no doom, fácil. Bom grupo.
    Uma hora, um dia, termino essas audições, pois suas postagens infindáveis são um manancial de música quase impossível de se acompanhar fielmente, ha ha ha!
    Valeu.

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